ENQUANTO TENTO INCESSANTEMENTE FUGIR DO MEU PRÓPRIO EU
MEU INCONSCIENTE ME LEVA PARA UM CAMINHO SEM VOLTA.
SINTO-ME UM AMADO INCONSEQUENTE
QUE DELIRA MAIS COM A VOLÚPIA
DO QUE COM O PRÓPRIO ATO QUE DEVERIA SER CABALÍSTICO, TRANSCENDENTAL.
PENSO NO QUE VIRÁ
SEM DEIXAR DE PENSAR NO QUE NÃO VIRÁ
POR INCONSEQUÊNCIA DE UM PENSAMENTO ÍMPIO.
E EM UM ÚNICO MOMENTO DE EXATIDÃO
MEU CORPO COSPE DE UM LUGAR PRÓXIMO AO AMAGO
TODO O IMPURO
PARA MAIS LOGO RESTAR UM VÁCUO A SER PREENCHIDO PELO INCONSCIENTE
NÃO NECESSARIAMENTE SOU INCONSEQUENTE
A MIM,
A FALTA DE UM PRAZER
É QUE ME TORNA DEMASIADO LÚBRICO PARA COM OS OUTROS
E BUSCO O QUE MEU INCONSCIENTE TEM A ME OFERTAR
EU SUPLICADO POR MEUS PRÓPRIOS ATOS MACULADOS,
QUEDO-ME EM UM EMARANHADO DE MEMBROS VORAZES
POR UM IMPULSO SEDENTO POR UMA CARNIFICINA CORPÓREA
ENTRE O IR E VIR.
AGORA, NESSE EXATO MOMENTO DE FUGA,
MEU INCONSCIENTE ME TRANSPÕE PARA FORA DO MEU EU QUE DIZ
"DESCONEXO"
na contracapa
ResponderExcluirteatro
a imagem
imaginas tudo
eu
tu
nós
cada personagem
visgo da folha
o papel é teu
soletrei o tempo
ficastes à léguas de mim
fui até a outra margem
vi que a coxia escondia muito mais
parte da semente era da trapezista
noutra margem: o palhaço!
Hoje não fiz um autorretrato
De frente pro espelho com giz
Esbocei mil sorrisos de lado
O talento e amor de aprendiz
Ja vivi doces sonhos de trapo
Fiz criança rir do meu nariz
No grande salto do acrobata
Da corda bamba por um triz
Vida aqui não perde a graça
...
Quando lonas teciam lá no alto
...
Com pasta d'água cobri os perfis
...
Como se visse um céu de anis
vês ator, só o que te resta?
nossas praças...