quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

EU... CONSEQÜÊNCIAS

ENQUANTO TENTO INCESSANTEMENTE FUGIR DO MEU PRÓPRIO EU
MEU INCONSCIENTE ME LEVA PARA UM CAMINHO SEM VOLTA.
SINTO-ME UM AMADO INCONSEQUENTE
QUE DELIRA MAIS COM A VOLÚPIA  
DO QUE COM O PRÓPRIO ATO QUE DEVERIA SER CABALÍSTICO, TRANSCENDENTAL.
PENSO NO QUE VIRÁ 
SEM DEIXAR DE PENSAR NO QUE NÃO VIRÁ 
POR INCONSEQUÊNCIA DE UM PENSAMENTO ÍMPIO.
E EM UM ÚNICO MOMENTO DE EXATIDÃO
MEU CORPO COSPE DE UM LUGAR PRÓXIMO AO AMAGO
TODO O IMPURO
PARA MAIS LOGO RESTAR UM VÁCUO  A SER PREENCHIDO PELO INCONSCIENTE
NÃO NECESSARIAMENTE SOU INCONSEQUENTE
A MIM, 
A FALTA DE UM PRAZER 
É QUE ME TORNA DEMASIADO LÚBRICO PARA COM OS OUTROS
E BUSCO O QUE MEU INCONSCIENTE TEM A ME OFERTAR
EU SUPLICADO POR MEUS PRÓPRIOS ATOS MACULADOS,
QUEDO-ME EM UM EMARANHADO DE MEMBROS VORAZES 
POR UM IMPULSO SEDENTO POR UMA CARNIFICINA CORPÓREA
ENTRE O IR E VIR.
AGORA, NESSE EXATO MOMENTO DE FUGA,
MEU INCONSCIENTE ME TRANSPÕE PARA FORA DO MEU EU QUE DIZ 
"DESCONEXO"

Um comentário:

  1. na contracapa
    teatro
    a imagem
    imaginas tudo
    eu
    tu
    nós
    cada personagem
    visgo da folha
    o papel é teu
    soletrei o tempo
    ficastes à léguas de mim
    fui até a outra margem
    vi que a coxia escondia muito mais
    parte da semente era da trapezista
    noutra margem: o palhaço!

    Hoje não fiz um autorretrato
    De frente pro espelho com giz
    Esbocei mil sorrisos de lado
    O talento e amor de aprendiz

    Ja vivi doces sonhos de trapo
    Fiz criança rir do meu nariz
    No grande salto do acrobata
    Da corda bamba por um triz

    Vida aqui não perde a graça
    ...
    Quando lonas teciam lá no alto
    ...
    Com pasta d'água cobri os perfis
    ...
    Como se visse um céu de anis

    vês ator, só o que te resta?
    nossas praças...

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