segunda-feira, 4 de março de 2013



TU EM MEU SONHO

Hão de falar que ainda resta uma memória do teu ser,
Enquanto um louco declama teu nome em um beco
E por um momento de extrema insanidade sinto o odor de teu néctar.
Sou como o sol ardente de verão.
É para mim a essência
Para que jamais deixe de brilhar.
Incomensurável lindo é teu corpo
E inconsequentes são meus pensamentos ao ver-te.
Pelo que posso chamar de um despertar,
Em fuga me sinto,
Pelo fugaz prazer que traz a mais remota memória do teu existir.
Sou um inconsequente?
Meus atos são devaneios?
Ainda sinto na pele as marcas que deixaste no meu corpo.
Enquanto a água tocava os belos e brancos vulcões em erupção,
Aos que posso vulgarmente chamar de seios,
Dera-lhe o sagaz prazer de ser tocados.
Formato de cone que demarcam os limites da tua pele.
Fiz-me ato impensado em uma noite de delírios ardentes
E de tua boca provei o que seria o fim.
E a pronuncia pelo balbuciar de tuas pupilas se fechando,
Era a certeza de um bom sonho.

Sérgio Lacerda