TU EM MEU SONHO
Hão de falar que
ainda resta uma memória do teu ser,
Enquanto um louco
declama teu nome em um beco
E por um momento de
extrema insanidade sinto o odor de teu néctar.
Sou como o sol
ardente de verão.
É para mim a
essência
Para que jamais deixe
de brilhar.
Incomensurável
lindo é teu corpo
E inconsequentes
são meus pensamentos ao ver-te.
Pelo que posso
chamar de um despertar,
Em fuga me sinto,
Pelo fugaz prazer
que traz a mais remota memória do teu existir.
Sou um
inconsequente?
Meus atos são
devaneios?
Ainda sinto na pele
as marcas que deixaste no meu corpo.
Enquanto a água
tocava os belos e brancos vulcões em erupção,
Aos que posso
vulgarmente chamar de seios,
Dera-lhe o sagaz
prazer de ser tocados.
Formato de cone que
demarcam os limites da tua pele.
Fiz-me ato
impensado em uma noite de delírios ardentes
E de tua boca
provei o que seria o fim.
E a pronuncia pelo
balbuciar de tuas pupilas se fechando,
Era a certeza de um
bom sonho.
Sérgio Lacerda