Em
tons de cinza prateado de perola ele se cobre. Como se quisesse esconder o que
de mais profano possuía.
Apenas
uma lasca do tom da pele se podia apreciar.
Sei
que é delirante e sofredor pensar no que talvez estivesse escondido.
Mas
é reconfortante brincar com meus devaneios pérfidos, a ponto de deleitar-me em
um profundo gozo de utopia.
Incrédulos
são os pensamentos que tenho.
É
apenas uma fresta sutil, deixada pela macula cobertura perolada e
deliberadamente indigno de tais pensamentos.
Deixai
que as abstrações invadam de forma implacável a sua mente, é irresistível.
Ele
em tons de pele está.
Desnudo
por uma mente corrompida mas, parcialmente sã em provérbios a respeito de
masturbação.
Fortaleza
inabalável.
Tons
de ouro que lhes cobriam as mãos, agora descobertas.
Preserva-se
um silêncio delirante e frio nesse momento.
Pensamentos
jaz.
Em
tons de cinza permanece.
Sóbrio
de um profundo e breve delírio, observo.
Ele
se vai, sem que eu pudesse dizer-lhe o quão desejado é.
Em
tons de cinza prateado de perola, o vejo partir.
Por
Sérgio Lacerda.