JÁ ESTAMOS ENTRISTECIDOS COM TEU PRANTO.
ENEBRIADOS COM TEU ODOR.
PACIFICADOS COM TEU CLAMOR.
NO ENTANTO,
BUSCO LIVRAR-MA DE MINHAS AMARRAS,
MAS, SEDENTÁRIO QUE SOU,
ME CONTENTO COM O ALÍVIO DO CORDÃO DEPENDURADO EM VOLTO DO MEU PESCOÇO.
PETRIFICADO ESTOU HÁ MUITO TEMPO,
DESDE MINHA ÚLTIMA RESPIRAÇÃO
E POR CAUSA DA DILACERAÇÃO DO RESTO DE MIM,
SINTO-ME CARCOMIDO POR DENTRO.
MINHA PELE ESTÁ EM PUTREFAÇÃO
E EIS QUE VEJO PAIRAR SOBRE MIM
O ABISMO DE MEU PRÓXIMO EXISTIR.
JAZ MEU ESPÍRITO.
JÁ QUE A PARTIR DE AGORA É OUTRA REALIDADE.
Por: Sérgio Lacerda
me deram o discernimento
ResponderExcluirentão, só consigo pensar no que já passou por mim e deixou rastro
um que me marcaram outro que lembro
Do putrefeito, passando p dilacerarado para sair d sedentário
ResponderExcluirQual o orgulho para recolher o pranto exposto ao olor de ressequido lamúrio
Vivo a cada instante apaixonado pelo hoje cicatrizando para posteridade...
Fascinte! Teu poema recitado é dissecante.
Paranbéns amigo. Abraço!
deixa-me ludibriar meu enforque com a delicada paixão de pensar na morte
ResponderExcluirassim devo ir-me ao encontro a barqueiro que me levará ao destino final.