quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O ÚTIMO ATO

AQUI!
NAS LUZES DA RIBALTA,
ONDE DESCANSAM OS MAIORES MITOS DO MEU EXISTIR,
ONDE JAZ O MENOR FRAGMENTO DE UM ATRITO,
ONDE PELA ÚLTIMA VEZ AS LUZES SE ACENDEM
E PELA DERRADEIRA VEZ UM CORPO SE ABAIXA PARA AGRADECER.
AQUI!
ONDE SE RI DE TUDO
DO CERTO, DO ERRADO.
AS VEZES AQUI TAMBÉM SE CHORA, SE CANTA, SE AMA
AQUI!
ONDE PROCLAMEI DISCURSOS HIPÓCRITAS, INÚTEIS, BANAIS,
ONDE MINHA VOZ CANTOU A BELEZA,
ONDE TAMBÉM CANTOU A CERTEZA,
AGORA CANTA A DOR, O PUDOR, O ODOR.
AQUI!
NA BEIRA DA RIBALTA
VEJO QUE BAIXOU O PANO.
SÓ RESTA O SILÊNCIO,
O SILÊNCIO QUE PRECEDE A AÇÃO...
VAMOS COMEÇAR COM UM GRITO DE DOR
É A HISTÓRIA DE MAIS UM ATOR.

3 comentários:

  1. AMEI AMORE, CREIO QUE UM DOS QUADROS MAIS BEM PINTADO SOBRE A ALMA DE UM ATOR

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  2. Quanto fôlego um ator, prestes a içar toda a sua experiência criadora, precisa para revelar as dores que precedem o nascimento de um personagem.
    A persona.
    ...aqui!
    O devir em pleno ato.
    Sem autor.
    Sem ator.
    Apenas ato em processo.
    Merda!

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