segunda-feira, 11 de agosto de 2014

DESMEDIDA





Suspiros Indesejados
Toques desacreditados
Olhar na interface do vazio ao ver o vasto crepitar de uma pupila em seu derradeiro pestanejar, diante do que seria a mácula da perdição.
Caminhos improváveis
Mil faces indicando que deves rolar ó gota enregelada
Queima o canto desse olhar
Febril me sinto, delirante
Mas o que é uma chama no imenso mar gelado que transpassa seu olhar quando me vê?
Meus poros estão em estado de erupção
Minha alma quer desprender-se de mim
Em mim, resta um estado que nem sei qual é
Como dispor-me dele?
Pelo desespero?
Pelo prazer de me ver chorar?
É pelo simples prazer de vê-lo indo!
Vai...
Quero que voe ó espirito vadio
Vagai...
Encontrai alguém em que possa repousar
E daí por diante já não me pertencei mais.


Por Sergio Lacerda.

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