sábado, 25 de fevereiro de 2012

INÍCIO

E APENAS UM ATRITO,
ENTRE O MENOR FRAGMENTO DE DOIS CORPOS, 
É O QUE BASTA PARA FAZER UM CORPO PAIRAR SOBRE O PRÓPRIO. 
A OBSERVAR QUE A GRANDE ROSA DO UNIVERSO,
DEIXA DESAPARECER NA IMENSIDÃO  DA OBSCURIDADE AS SUAS PÉTALAS, DIANTE DA VISÃO DO PRÓPRIO APOCALIPICE.
E OBSERVAR,
QUE ALGUNS FRAGMENTOS
TORNAM-SE UM SÓ.
UNEM-SE,
PARA QUE DEPOIS,
JUNTOS POSSAM DESFRUTAR DE UM GOZO
E A EJACULAÇÃO PRODUZIDA PELOS CORPOS.
É O QUE BASTA,
PARA QUE POUCO MAIS POSSA FLORECER
ENTRE O MENOR ATRITO O QUE CHAMAMOS DE "VIDA!" 

2 comentários:

  1. A relutância que o ser-homem-noturno-cibernético e boêmio trava contra si e contra a sua própria conservação é ínfima e diametralmente oposta a falida concepção, redundante zigoto resultado de qualquer ato: no religioso, comungar na fé o mesmo corpo sagrado; num quarto sobre a cama, dois amantes fecundando ou não gametas.
    "Não cuidamos do mundo um segundo sequer", disse Chico.
    Dormir no conforto do seus lençois e rezar também não resolve.

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    1. isso nos diz o quão somos irresponsáveis a nos deitarmos como amantes a não amados.

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