EMBRIAGUEI-ME COM TEU PERFUME, COMO SE FOSSE O ÓPIO,
UM CHEIRO NA COCA
E O EMBALAR DE UMA VIAGEM INSÓLITA.
DEBRUCEI-ME EM TEUS SEIOS,
COMO SE FOSSE A MACIEZ DA RELVA AO AMANHECER.
EMBALEI-ME COM TUA VOZ,
COMO SE FOSSE O ZUNIR DO VENTO QUE SAI DA MADRUGADA
E QUE FAZ O BALANÇAR DAS FOLHAGENS NO OUTEIRO,
NOS POMARES
E QUE DESPERTA OS SONHOS.
OUTRORA,
FIZ-ME RIR COM PENSAMENTOS,
QUE EMBRIAGAVAM MEU SER DE FELICIDADE.
AGORA,
FAÇO-ME SOLIDÃO.
FAÇO-ME SOLIDÃO.
ACABOU MEU SONO PROFUNDO,
PASSOU O EFEITO DO ÓPIO;
E AO LEVANTAR A CABEÇA DE UMA PEDRA
QUE COLOCARAM EM MEU CAMINHO,
OUÇO A VOZ DE UMA CONSCIÊNCIA ERRANTE.
HOJE, DEPAREI-ME COM MEUS PENSAMENTOS
E PENSANDO EM TI,
LEMBREI-ME QUE SÓ ÉS LEMBRANÇA,
LEMBRANÇA DE UM TEMPO DE SONHO.
AGORA,
DOPADO DE MEUS DEVANEIOS,
SEI QUE É A PARTE MAIS DEGRADANTE DE MIM!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirComo a erosão resultante do encontro de águas amazônicas e um caboclo diante de sua erva mais traiçoeira... Qual o mistério que se desenha na sombra daquela samaumeira, cada pétala da flor, broto em seu galho, reserva-se ao imfinito dos deuses. O(s) poeta(s) aqui no poema desenvolvido como cena em coxia cresce(m) e se comprime(m) no devir dos pensamentos hereges de um cego fariseu.
ResponderExcluir